sábado, 2 de agosto de 2008

Faltam operários para a construção civil


O ritmo acelerado de obras em Volta Redonda, neste ano, revela que apesar do número de desempregados superar os 50 mil, há falta de profissionais qualificados para a construção civil. Algumas empresas já buscam alternativas para driblar o problema e o setor de materiais comemora o crescimento.

O Sine (Sistema Nacional de Emprego) encaminhou mais de cinco mil novas vagas na construção civil desde o início do ano. Segundo o coordenador do órgão, Clodomir do Nascimento, o crescimento da construção civil trouxe o problema da falta de mão-de-obra qualificada. “Não existem cursos profissionalizantes de construção civil na cidade, e é complicado empregar pessoas que não têm conhecimentos específicos”, explicou Clodomir.

Algumas construtoras, para enfrentar a situação e incentivar os funcionários, oferecem cursos de especialização em algumas áreas. “Vários grupos de serventes fazem cursos que dão a eles a chance de crescer”, contou a técnica de controle de qualidade, Simone Rodrigues, 35 anos.

Ela disse que a empresa tomou essa iniciativa por não encontrar profissionais qualificados na região e que desta forma, os dois lados ganham, já que a empresa consegue os profissionais que com um cargo mais especializado.A procura por produtos para a realização das obras também movimenta a economia regional.

O representante comercial José Geraldo de Oliveira, 46 anos, disse que a empresa sentiu o grande volume de obras e nesse ano as vendas tiveram aumento de aproximadamente 30%. “As empresas do setor crescem e isso aumenta também a competitividade”, concluiu José.Pequenas reformas também auxiliam a economia, pois são responsáveis pela contratação de muitos autônomos. O pedreiro José da Silva, 34 anos, contou que a procura pelo serviço é grande. “Já tenho serviços marcados para os próximos meses”, afirmou o pedreiro, que disse ainda que é muito difícil faltar serviço.

Fonte: Diário do Vale

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